Dos Rockers de Verdade aos Roqueiros de Passagem.

Dos Rockers de Verdade aos Roqueiros de Passagem, é só uma provocação que quero fazer e estou ciente que esta provocação muito dificilmente chegara aos verdadeiros destinatários que em uma hora dessas então dando umas de fodões em festivais covers em casas climatizadas a beira da praia ou trocando arquivos de MP3 com seu ultra-mega-super amigo pela internet ou simplismente balançando o Bobozão em festinhas de ressacas de carnaval. Mas "não to nem aí, to nem aí" como diria aquele ilustre poeta kkkkk.

e para iniciarmos os trabalhos, vou comparar três realidades bem curiosas que movimentos que tiveram suas origem de locais bem afastados das elites e de seus caviares, se me permitem vou iniciar por Detroit cidade americana que desde os anos 20 tem em sua vida cultural e artística muita acima da média com Jazz, Blues, Gospel, Pop tendo cada um sua parcela de contribuição para isso mas o que aqui venho transitar e sobre os bairros mais afastados onde moravam principalmente os empregados das industrias principalmente a automobilistica que entra em decadencia deixando uma geração de malucos revoltados fazendo o que de melhor poderiam fazer pra expressar aquilo tudo ROCK é claro, mas isso não partio de bairros nobres, nem de grandes casas de shows, luxuosas. mas bares pequenos e espaços abandonados dos bairros distantes e pobres de Detroit, é pessoal também existe pobreza lá (agora já esta bem melhor mais ainda existe) mas não é de criatividade e nem de força de vontade.

Pobreza esta que também existe no bairro Alto José do Pinho (mas conhecido lá com alto zé do pinho) em Recife, antigo Alto da Manguba, formada por empregados de uma fabrica textil nos anos 40, que com todas dificuldades conseguem manter um movimento forte com bandas atuantes como Devotos do Ódio, Matalanamão, Faces do Suburbio entre outras de diversos estilos. Nesse caso também é uma periferia afastada da praia e da vida fácil, galera que rala e se desenvolve através da criatividade e da inteligencia.

Bom Jardim é um bairro da periferia de Fortaleza, e teve sua origem de um lotiamento (Jardim Paulista) no final dos anos 50, sendo ocupado aos poucos principalmente por pessoas vindas do interior fugitivas das péssimas condições de vida lá(Êxodo Rural). E a pobreza a qual me referia nos exemplos acima não difere tanto, no Bom Jardim programas sensacionalistas-policiais-sem-conteúdo como 190, Barra Pesada, Rota 22, phodem agente todo dia, frescam com a subcondição humana ironicamente chamando "Território da Paz" (filhos da puta mesmo, só fazem criticas superficiais "talvés seja a única coisa que eles sabem fazer!")  porém em uma pesquisa aqui no bairro de 2002/2003 existiam 62 bandas de rock aqui (hoje devem ser só umas 25 kkkkk) que demonstra quanto pior melhor pra gente. Parece que dos chamados submundos surgem os melhores perfumes de rebeldia. Não são das festinhas de pré-carvanal a beira mar, ou das salinhas de rock climatizadas nem nos festivais covers para rockeiros de passagem (não duram nem 3 anos nessas), ou modistas como queiram, só sei que quando eles pararem de dar uma de fodões do rock por aí e tiverem balançando o Buzamfão nas Swingueiras da vida nós ainda estaremos poraqui pois, VASOS RUINS DE VERDADE NÃO QUEBRAM E ROCKERS DE VERDADE TAMBÉM NÃO.

Cicero Alexandre.